segunda-feira, dezembro 05, 2005

Seguindo

E difícil jugar os outros, justamente porque a vida é dos outros, não nossa. A perspectiva é outra.
A minha vizinha é casada, tem dois filhos: um casal. Um dizem que é gay, a outra, chamam de puta. Da vizinha eles falam que passa 6 meses como homem e 6 como mulher.
Tem algum tempo que ela arranjou um amante novo. Até aí nada novo. O caso é que dessa vez ela saiu de casa.
Largou tudo mesmo. As informações são de que ela não foi morar com o novo amante, apesar das especulações. Onde ela está? Só a empregada sabe.
E ela tinha o carro dela, que ficou na garagem.
Sabe quem usa o carro agora? O namorado da filha.
Aliás, essa parece que não está nem aí. Está como a nova dona da casa. Mandou até a mãe não levar a chave.
E quem se importa?
Eu, talvez. Minha mãe, porque se tratava de uma boa vizinha.
Casou pra sair de casa. E todo mundo via que era um casamento já falido, ela mesma falava pra todo mundo que dormia no sofá.
Achei ela muito corajosa.
As vezes o casamento é um negócio, torna as pessoas dependente financeiramente do fato de estarem juntas, mas infelizes.
E a fofoca continua.
Que absurdo ela ter se livrado disso, não é verdade?
E que lindo a filha ter compreendido a mãe, não ter sentido sua falta e ainda manter o motor do carro funcionando maravilhosamente bem. E que genro prestativo!

:: Sussurrado por Luana às 9:56 PM ::




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